Foto: Eduardo Ramos (Diário)
Dez construtoras apresentaram propostas para construir uma nova adutora que vai trazer a água da barragem de Val de Serra para ser tratada e abastecer Santa Maria. A licitação da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) previa um gasto de até R$ 67 milhões na obra, que terá extensão de 8,1 km, mas a menor proposta, feita pela empresa Zambrano Engenharia, foi de R$ 54,9 milhões.
Agora, a licitação está na fase de habilitação de documentos, que é uma parte burocrática necessária para definir a vencedora. A obra é importante porque, com essa nova adutora, 100% da água que abastece Santa Maria poderá vir da barragem de Val de Serra, e a Corsan não precisará mais usar a reserva da Barragem do DNOS, garantindo água para manter o nível do Rio Vacacaí-Mirim mesmo em época de seca.
A previsão é que a obra leve 15 meses para ficar pronta. Ou seja, na melhor das hipóteses, para o verão de 2024/2025, a Corsan já não precisaria mais usar água da barragem do DNOS para abastecer Santa Maria, com esse reservatório voltando a seu objetivo principal, que é amenizar os efeitos das estiagens e das enchentes.
Em época de seca, haverá mais água na represa para ir soltando constantemente no Rio Vacacaí-Mirim, mantendo seu nível para preservar a fauna e a flora, além de ter mais água para a irrigação de lavouras de arroz ao longo de seu curso. Em ano de estiagem, o rio quase seca e a falta de água para irrigação provoca prejuízos aos agricultores.
Corsan: 12 meses de estabilidade como promessa
Uma proposta de estabilidade aos funcionários da Corsan por pelo menos 12 meses é uma das tentativas de convencer a categoria a abrir mão da ação na Justiça de Trabalho que impede a venda da estatal.
Ou seja, eles teriam ao menos um ano de emprego garantido após a privatização.
Essa proposta deve ser levada à discussão em assembleia da categoria, mas, segundo uma fonte ligada ao sindicato, não há perspectiva de que seja aprovada.